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Entrevista Katia Pereira - Ex-aluna Curso de Turismo (2012-2015) 2ª Parte

EPC: E qual foi o destino?

Katia: Fomos todas para o Algarve. Eu fiquei no Grande Real Santa Eulália Resort & Hotel Spa, em Albufeira. É uma unidade de 5 estrelas. Fiquei deslumbrada com aquilo tudo.

EPC: Sentiste-te ansiosa ou nervosa?

Katia: Sim, claro. O que era normal. Ainda era bastante novinha. De certa forma foi o primeiro contacto com o mundo do trabalho. Tive que me superar para entender e ser entendida. A maioria dos clientes eram estrangeiros, não falavam nem se esforçavam para falar português. Falarem connosco e respondermos-lhes em inglês era um dado adquirido para eles. Aí sim, percebi mesmo a importância do inglês. Lembro-me que havia umas cábulas com expressões/palavras mais utilizadas para comunicarmos com as crianças. Fiz este estágio no Kids Club, embora pudesse ter tido a possibilidade de ter feito metade do estágio na Receção. Acabou por não acontecer. Foi o meu melhor estágio, principalmente ao nível das experiências pessoais. Lembro-me bem da reação dos meus pais quando me deixaram no Hotel. Quase que não me deixavam lá ficar. Estavam preocupados em largar-me ali naquele sítio enorme, com toda aquela estrutura. Era normal. Era a primeira vez que saía de casa. Mas ía determinada, cumpri o meu compromisso e fiquei orgulhosa por isso.

EPC: E no segundo ano?

Katia: O prof. João Estêvão preocupava-se sempre que os estágios fossem remunerados. Fui para uma empresa de organização de eventos, em Lisboa. Senti, honestamente, que aprendi pouco. Ou talvez esperava que muita coisa acontecesse, atendendo ao acompanhamento que tinha feito com a turma do terceiro ano no SIBTUR. Talvez tenha criado expectativas muito elevadas.

EPC: Finalmente, chegou o terceiro ano e...

Katia: Para compensar estagiei no Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa, novamente no Kids Club e também na Receção. Foi uma experiência bastante enriquecedora. Nessa altura tinha outras bases e também a experiência dos estágios anteriores. Pude replicar conhecimentos adquiridos de outra forma, com mais autonomia e capacidade. Depois deste estágio houve a possibilidade de continuar a trabalhar lá, mas não aceitei.

EPC: Por que motivo?

Katia: Nessa altura, admito que um pouco tarde, refleti sobre o que iria fazer dali para a frente. Achei que devia continuar a estudar. Lembro-me da diretora de turma nos ter abordado no início do terceiro ano sobre quem tinha interesse em fazer exames nacionais para concorrer ao ensino superior. Esses alunos poderiam ter apoio aos exames a Português ou Matemática. Na altura, não demonstrei interesse, ao contrário de outros colegas da minha turma.

EPC: Arrependes-te?

Katia: Sim, porque depois de terminar o curso tive um ano de explicações para fazer exames nacionais no ano letivo seguinte. Entretanto, durante esse ano, estive a trabalhar num consultório dentista. Nem tudo foi mau.

EPC: No ano a seguir entras no ensino superior.

Katia: Sim. Entrei em Psicologia, no Instituto Piaget, em Viseu.

EPC: Psicologia tem pouco a ver com Turismo.

Katia: Sim, verdade. Tirando a parte que viajamos dentro da cabeça das pessoas (risos).

EPC: De onde veio esse interesse?

Katia: Lembro-me, na altura, de uma conversa com uma pessoa que estava nesse curso e fiquei curiosa. Ao longo do ano em que me preparava para os exames nacionais amadureci a ideia. Mesmo quando tive que tomar a decisão final estava um pouco indecisa, confusa. Era muita pressão. São mil e umas opções e oportunidades e só podemos escolher uma coisa. Mas penso que foi a melhor decisão.

03 / 02 / 2023